Rússia ameaça satélites americanos? O plano da CIA contra Trump e a corrupção de Biden

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Rússia quer atacar satélites americanos com armas nucleares? Não é bem assim…

Ontem, o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos EUA, o republicano Mike Turner, pediu ao presidente que tornasse público um relatório de inteligência envolvendo “um sério risco à segurança nacional”.

Ele não especificou qual seria a ameaça, mas posteriormente, a ABC News, citando fontes do Congresso, afirmou que se trata de um projeto russo para colocar armas nucleares no espaço, com o objetivo de atacar satélites ocidentais.

O momento do anúncio é altamente suspeito, pois há uma discussão em curso na Câmara sobre a liberação de dezenas de bilhões de dólares de ajuda militar para a Ucrânia, na sua guerra de defesa contra a invasão russa.

Estados Unidos, Rússia e China possuem capacidade de destruir satélites, utilizando mísseis balísticos não nucleares. Em 2021, a Rússia demonstrou tal capacidade ao detonar um satélite desativado, utilizando um míssil lançado de seu território, por exemplo.

Existe um tratado em vigor, assinado pelas três maiores potências militares em 1967, que proíbe o uso de armas nucleares no espaço.

O tratado declara que os signatários “não podem colocar em órbita ao redor da Terra quaisquer objetos que transportem armas nucleares ou quaisquer outros tipos de armas de destruição em massa, nem instalar tais armas em corpos celestes ou estacioná-las no espaço sideral de qualquer outra maneira”.

Além disso, especialistas questionam a lógica do uso de armas nucleares para esse fim. No vácuo do espaço, uma arma nuclear não cria a mesma onda de choque que uma detonação em terra, explicou Brian Weeden à NPR, especialista em armas espaciais da Fundação de Segurança Global.

Uma explosão nuclear em baixa órbita geraria um pulso eletromagnético com potencial de afetar todos os satélites, não apenas os inimigos.

Os americanos confirmaram a tese. Em 1962, foi detonada uma ogiva nuclear de 1,4 megatons sobre o Pacífico Sul, no teste “Starfish Prime”. A explosão gerou um pulso eletromagnético que afetou semáforos no Havaí, a 1.400 quilômetros de distância. Além disso, a radiação residual causou danos a vários satélites, durante meses após a detonação.

É preciso lembrar que os drones têm sido utilizados de forma muito efetiva pelos ucranianos contra os russos, e contam com o sinal da rede de satélites Starlink, empresa de Elon Musk.

O mais provável é que a Rússia esteja projetando um reator nuclear que poderia ser levado ao espaço para criar campos eletromagnéticos que poderiam afetar apenas alvos definidos, segundo afirma Weeden. Os americanos têm um programa para desenvolver satélites e veículos de exploração espacial movidos à energia nuclear, que supostamente poderiam ser utilizados também para fins militares, em tese.

Durante a entrevista a Tucker Carlson, Putin afirmou que a Rússia opera ativamente para criar armas que possam vencer os sistemas de defesa inimigos, dando como exemplo os mísseis hipersônicos que não teriam como ser derrubados pelos sistemas anti-mísseis ocidentais.

Ou seja, é muito provável que algum tipo de arma para uso contra satélites esteja em desenvolvimento, e não há sinalização que a ameaça seja iminente. Porém, tudo indica que a liberação dessa informação aos congressistas, e ao público, tem como objetivo a aprovação do pacote de ajuda aos ucranianos.

Além disso tudo, temos atualizações sobre plano da CIA contra Trump e a corrupção de Biden.