Paulo Pimenta volta a espalhar fake news, agora no Jornal Nacional, e é cobrado até pelo Bonner

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Em primeiro lugar, não é questionável que um ministro de comunicação seja o representante do governo federal para uma crise dessa natureza?

Mas o problema muito mais grave é outro.

Numa tragédia dessas que assola o Rio Grande do Sul, é primordial que as pessoas tenham acesso às informações corretas, e que as pessoas possam se expressar livremente, com objetivo de indicar os entraves e COBRAR ações do poder público para resolver com urgência os problemas.

Infelizmente, estamos vendo o inverso disso. O governo federal tem espalhado mentiras para se proteger de cobranças.

O caso do resgate na UTI em Canos é emblemático. No dia em que as águas invadiram a cidade, o prefeito do município postou um vídeo nas redes de uma conversa com o ministro Pimenta, CONFIRMANDO a morte de nove pessoas na UTI, e atribuindo a tragédia à demora no resgate por parte dos militares.

Obviamente, o vídeo produziu comoção na internet.

Posteriormente, o prefeito veio a público corrigir a informação, afirmando que não tinha sido nove mortes, mas duas. Depois, houve nova versão, que foram três mortes. O prefeito atribui a suposta falha na comunicação a um médico da Secretaria de Saúde do município.

Agora, o ministro Pimenta foi ao Jornal Nacional afirmar que “uma fake news fez com que os militares tivessem que ir até o hospital” para descobrir que nada tinha acontecido, direcionando recursos que poderiam ter sido utilizados para outros salvamentos.

Ele sugere que a culpa é das fake news coordenadas que teriam surgido na internet, uma óbvia MENTIRA.

Pior que isso, ele oficiou o Ministro da Justiça para investigar supostas “fake news”, entre elas essa do hospital de Canoas.

Ora, não há como o ministro alegar desconhecimento para fazer essa falsa acusação, visto que ele mesmo participou da conversa com o prefeito que deu origem à comoção sobre o assunto.

Também não dá para alegar que ele está querendo saber quem produziu a informação equivocada sobre o número de mortes, já que o pedido de investigação foi direcionado a quem repercutiu o vídeo do prefeito.

O que parece óbvio é o esforço do governo, pelas mãos de Pimenta, para abafar críticas legítimas e ainda perseguir quem está cobrando uma resposta mais efetiva do Estado.

Esse tipo de postura é inaceitável. O ministro precisa ser removido do cargo, imediatamente, e investigado por ABUSO DE AUTORIDADE.