O tapa desferido por um petista a um opositor é muito mais grave do que parece

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Ontem, enquanto Lula entrava no Parlamento para a promulgação da reforma Tributária, ele foi recebido com um coro de ‘ladrão’ e vaias por deputados da oposição. Nada diferente do que petistas fizeram quando Bolsonaro visitou o Parlamento, sendo recebido sob gritos de ‘genocida’.

A diferença é que Lula, de fato, foi condenado, por duas vezes, em todas as instâncias do Judiciário, por corrupção e lavagem de dinheiro, até ser descondenado pelo Supremo e alçado à presidência pelo velho establishment político brasileiro. Bolsonaro, por outro lado, jamais foi condenado por ‘genocídio’, nem será, pois a acusação é absurda.

Outra diferença é que nenhum petista foi agredido fisicamente no Parlamento por xingar o presidente, na visita de Bolsonaro. Já ontem, o deputado Messias Donato levou um tapa no rosto do deputado petista Washington Quaquá. Não contente em agredir seu colega, ele tripudiou sobre o choro de Donato na tribuna, afirmando que ele ‘não aguenta porrada’.

O objetivo é claro: normalizar a violência contra a direita, exatamente da mesma forma que aconteceu na Venezuela, o regime dos sonhos dos petistas.

Em 2013, parlamentares da oposição protestavam contra uma decisão do então presidente da Casa, Diosdado Cabello, figurão chavista de longa data e um dos chefes do grupo traficante Cartel dos Sóis, por serem impedidos de falar nas sessões, quando foram surpreendidos por agressões de deputados chavistas, com socos e pontapés.

Os deputados agressores não foram punidos, e atos de violência contra a oposição começaram a ficar mais frequentes e graves, não apenas contra parlamentares, mas também contra outros opositores do governo, escalando para tortura e assassinatos.

Em 2017, o governo simplesmente fechou o Parlamento, e os deputados que tentaram entrar foram agredidos pela Guarda Bolivariana. Logo em seguida, o Supremo venezuelano, completamente aparelhado pelos chavistas, assumiu a função Legislativa.

É preciso que a oposição atue para expulsar o quanto antes o agressor petista, pois, de outra forma, teremos a escalada da violência. Arthur Lira e outros líderes do Centrão precisam entender que não são apenas os ‘bolsonaristas’, já sob longo processo de perseguição, que estão sob risco, mas qualquer político não alinhado à esquerda.