Para se compreender o que há de profundo e misterioso no Santo Sudário, é preciso imaginar Nosso Senhor dizendo aos Apóstolos: “As minhas cogitações não são as vossas, e as minhas vias não são as vossas”.
Porque nós temos na fisionomia deste Varão Divino a impressão de que Ele é cheio das cogitações mais altas, e nas quais Ele vive permanentemente posto de um modo estável, e de outro lado Ele é a via. Quer dizer, o que está de acordo com Ele é certo e o que está em desacordo com Ele é errado.
Pode-se imaginar a Ele dizendo de si mesmo: “Eu sou o caminho, a verdade, a vida”, e é isto mesmo, plenamente! Mas há nisso um mistério que é próprio do absoluto. Tem-se a impressão de que esta prodigiosa certeza que Ele tem de si mesmo Ele a comunica por todo o seu ser de um modo indizível, com a natureza divina, com a Santíssima Trindade, e que a atenção d´Ele está ao mesmo tempo posta nos mistérios de Deus e nos homens no meio dos quais Ele está. É realmente o Mediador entre Deus e os homens.
(Plinio Corrêa de Oliveira, 10 de março de 1973, palestra).
https://www.pliniocorreadeoliveira.info/DIS_SD_730310_Santo_Sudario.htm