📌 O 7 de setembro na Avenida Paulista sedimentou a sensação da direita de que Moraes é um ditador. Até mesmo Tarcísio, sempre acusado de moderado demais, resolveu soltar o verbo (não sem enfrentar, depois, um deputado petista acionando o STF pela fala). A fala de Michelle Bolsonaro, carregada de emoção, fez chorar milhares. Junto com a indignação pela apreensão de cadernos religiosos de Silas Malafaia, o cenário está formado para a população conservadora: Bolsonaro não pode ser preso. Do outro lado, lá no Supremo, o raciocínio é o inverso (e antes mesmo da instrução terminar): Bolsonaro precisa ser preso. Está configurada a tensão que pode estourar em atos jamais vistos. A iminente prisão de Jair Bolsonaro tem tudo para incendiar seus apoiadores, fazendo-os tomar as ruas como nunca antes. O STF monitora, mas diante da sentença já pronta, não tem o que fazer. Prender as centenas de milhares que saem de casa para protestar pacificamente seria um atestado de regime ditatorial, risco que nem Moraes quer cometer.
➕Veja também: De acordo com dados do jornalista David Ágape, na última notícia da Vaza Toga, um laudo pericial aponta que o relatório da PF usado para fundamentar a operação contra empresários bolsonaristas em agosto de 2022 foi produzido apenas dias depois da ação já realizada. O documento, assinado pelo delegado Fábio Shor, tem data de 19/8, mas os metadados mostram criação em 29/8, sem assinatura digital válida, apenas imagens idênticas de rubrica — caracterizando “antedatação”. As irregularidades reforçam denúncias de fraude processual e uso de provas frágeis. A operação de 23/8 mirou nomes como Luciano Hang e Meyer Nigri, baseada em prints de WhatsApp obtidos de forma informal e repassados ao gabinete de Alexandre de Moraes.