A pergunta que mais fazem no Brasil no momento é essa: “Não vai dar em nada?” Ou vira uma catarse coletiva nas redes sociais. Acrescida, óbvio, de choramingos como “O Brasil é sempre assim”, “Com esse sistema que está aí” e outras frases piores. Flavio Morgenstern responde que a PIOR coisa que você pode dizer nesse momento, PRINCIPALMENTE NAS REDES SOCIAIS, é essa chorumela de Hiena Hardy narcisista tentando se sentir superior.
Você acha mesmo que tudo depende de, sei lá, lei? Quá quá. De rito processual? De vontade de político? Parceiro, spoiler: só analfa acredita que o processo decisório e o fluxo de poder no mundo envolve algo minimamente parecido com isso.
Sabe o que movimenta os esquemas políticos? Errou feio se respondeu “dinheiro”. Dinheiro é conseqüência de algo muito maior do que a grana em si. É poder. E poder vem de narrativa. Narrativa, o uso de palavras para criar histórias, encadear fatos, direcionar emoções, é tão poderosa hoje quanto num grupo de caçadores de javalis ao redor de uma fogueira.
E como funciona a narrativa na redes sociais? Com agências de inteligência (sim, a CIA, a KGB e o MI6 vivem disso), “laboratórios” como NetLab, universidades, relações públicas e afins torrando bilhões para analisar “o clima”. É isso que move poderosos para lá ou para cá. Se essas agências olharem as redes e só encontrarem essa v***** de “ai, já sei que não vai dar em nada”, adivinha que relatório vão entregar pros políticos que estão doidos para ganhar algum poder fazendo alguma coisa?
Largue a mão de ser inútil. Aliás, pior do que inútil. De atrapalhar. De ser um freio de mão puxado. Hora de crescer, deixar só os adultos na sala, queixo levantado e usar as redes para dizer o que de fato VAI acontecer. Tudo depende unicamente de VOCÊ. Sua anta. Ah, e nos faça um PIX: flaviomorgen@sensoincomum.org