Missão apostólica de Portugal: traço de união de Aparecida com Fátima

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“A monarquia fidelíssima foi essencialmente missionária. O Brasil deve a Portugal a ação missionária do luso, a suprema graça de pertencer a Igreja. E não é só o Brasil. Nem é só a África. Mais além, bem junto da zona conflagrada do Extremo Oriente, na Índia, e mais além, no mundo amarelo, é o esforço missionário português que deixou fincadas as sentinelas avançadas da Religião, as colônias lusas de que se irradia nas gentilidades vizinhas um proselitismo até hoje vivaz e fecundo.

“Era bom que se lembrasse isto no mês das Missões. O Brasil nasceu como uma realização missionária.Essa grande ação missionária, que é Portugal, não encerrou o ciclo de seus feitos religiosos com as navegações. Muito recentemente, a Providência Divina confiou ao povo português outra grande obra missionária. Querendo falar ao mundo, Nossa Senhora escolheu um canto do solo português, para as suas aparições. Escolheu três pequeninos portugueses como seus arautos, fixou em Portugal essa fonte perene de milagres, que é Fátima, e com isto atraiu para Portugal as esperanças de todos os sofredores da terra. Em Fátima, Nossa Senhora fez revelações de um alcance universal. Ela não se limitou a falar de Portugal. Toda a crise contemporânea, e suas raízes profundas, da impiedade e pecado, os cataclismos universais que dela vão nascer, tudo que mais a fundo interessa à humanidade inteira nas terríveis convulsões de hoje, tudo isto Nossa Senhora o confiou a três pastorinhos portugueses, para que dos lábios destes pequeninos pendesse para o mundo orgulhoso e abatido, a terrível e maravilhosa mensagem. É impossível não ver que Nossa Senhora concedeu à antiga nação missionária uma grande tarefa histórica a realizar. Os que eram ontem arautos de Cristo, são acrescidos de mais um título: arautos da Virgem. Portugal inteiro, as nações de língua portuguesa juntamente com Portugal tem a incumbência de pregar a todos os povos, o grande fato religioso do século XX, que são as aparições de Fátima”.