Michelle Bolsonaro retruca e dá lição de moral para Simone Tebet sobre liberdade de expressão: ‘Tenta calar outra mulher’
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, participou de um evento com mulheres em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, junto ao presidente Jair Bolsonaro e a apoiadores do chefe de Estado. Michelle advertiu para perseguições aos cidadãos brasileiros e aos cristãos como um todo, ressaltou a importância de a população estar engajada em uma “guerra espiritual” e retrucou Simone Tebet, candidata à presidência que solicitou, na Justiça Eleitoral, que seja retirado do ar um vídeo da campanha de Bolsonaro protagonizado pela primeira-dama.
Michelle Bolsonaro mencionou a perseguição a cristãos na Nicarágua e disse: “a gente não queria misturar política com religião. Mas hoje é o momento, sim, de falar de política para que amanhã possamos falar de Jesus”. Ela acrescentou: “este é um momento que Deus tem dado para que a nação brasileira veja o que o comunismo está fazendo com os cristãos. O comunismo começou a perseguir. Debochou, destruiu igrejas, ateou fogo. Daqui a pouco, se a população brasileira não acordar, isso pode chegar ao Brasil, sim”. Em resposta, ouviu-se uma voz na plateia constatando: “já chegou!”.
A primeira-dama respondeu aos ataques de intolerância religiosa de que é vítima, dizendo: “podem até debochar do nosso Deus, da nossa fé, mas não estão debochando de mim, estão debochando dAquele que eu sirvo, e ele é um Deus de justiça. Ele é amor, mas também é um fogo consumidor”. Michelle disse: “é um momento em que nós oramos e pedimos para que a igreja desperte, que as pessoas tenham entendimento do que estamos vivendo, da guerra espiritual. Não estamos lutando contra homens e mulheres, estamos lutando contra principados e potestades”.
Michelle agradeceu pelas orações e denunciou a perseguição ao presidente e seus apoiadores. Ela disse: “Nós passamos por momentos de dificuldade, de renúncia. Sequelas do atentado ao meu marido, sequelas pelo resto da vida, não só na saúde dele, mas em nossa família também”. A primeira-dama arrancou aplausos da plateia ao rebater a senadora Simone Tebet, dizendo: “A perseguição está clara: quando uma mulher fala que tem que votar em mulher, quando uma mulher fala que ela pode estar onde ela quiser, quando uma mulher fala que ela tem liberdade de expressão e daqui a pouco entra na Justiça e tenta calar outra mulher”.
Com o pretexto da pandemia, a liberdade de culto foi duramente restringida no Brasil, assim como diversas outras liberdades, em especial a liberdade de expressão. As pessoas viram seus direitos de ir e vir, de trabalhar, de se expressar, de se informar, e de se manifestar, entre outros, serem suprimidos. Cidadãos e empresas são perseguidos em inquéritos secretos e sofrem com medidas abusivas como prisões, buscas e apreensões, censura, bloqueio de redes sociais, e até mesmo confisco de propriedade.