A denúncia da PGR contra Bolsonaro e mais 33 pessoas não surpreende ninguém. O governo Lula afunda em impopularidade, a inflação volta a assombrar os brasileiros, a Globo começa a pular do barco – e, como sempre, quando a crise aperta, surge uma nova acusação para desviar o foco. Dessa vez, a peça de ficção jurídica usa uma delação feita sob coação e uma interpretação criativa da lei para transformar discursos e opiniões em crimes.
O que está na denúncia? Um jogo de palavras para criar impacto na opinião pública. Expressões genéricas como “uso de armas” são manipuladas para induzir a ideia de um levante armado, quando sequer há provas de qualquer organização criminosa. O objetivo é claro: criminalizar a oposição, não investigar a verdade. Delatores de Lula foram ignorados, mas uma única delação forçada contra Bolsonaro vira “prova central” do caso.
Não há individualização de condutas, não há provas concretas, apenas ilações, suposições e linguagem condenatória que viola a presunção de inocência. Se a esquerda tivesse certeza de que vence Bolsonaro nas urnas, não precisaria usar o sistema judicial como arma política. Mas eles sabem que, mesmo com todo o sistema contra ele, Bolsonaro segue sendo a maior força política do país.