Bia Kicis denuncia, na Câmara, violações de direitos de manifestantes e repudia a perseguição…

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Bia Kicis denuncia, na Câmara, violações de direitos de manifestantes e repudia a perseguição política

Durante sessão da Câmara dos Deputados que aprovou, de forma simbólica, a intervenção federal no Distrito Federal decretada por Lula, dispensando até mesmo a comprovação de presença dos deputados, a deputada federal Bia Kicis se manifestou contrariamente à intervenção. A deputada explicou que não há mais agitação na cidade e relatou as inúmeras denúncias de violação de direitos humanos que chegam do local para onde foram levadas centenas de manifestantes sob uma acusação genérica.

Bia Kicis lembrou que a intervenção é uma medida extrema e excepcional, que não se justifica se o evento já está encerrado, e apontou que o ministro da Justiça de Lula tem responsabilidade sobre o ocorrido, mas as consequências estão sendo distribuídas por motivações políticas. Bia Kicis disse: “Se é possível fazer acusação por omissão, negligência, seja o que for, aos comandos do Distrito Federal, a mesma acusação tem que ser apontada para a Força Nacional. O Governador do Distrito Federal foi, inclusive, afastado de forma ilegal, sem nenhuma justificativa ou fundamento legal ou constitucional. Esse mesmo motivo deveria, então, levar ao afastamento do Ministro da Justiça, Flávio Dino”.

A deputada mencionou os relatos, vindos de diversas fontes, de que já teria havido ao menos um óbito no local onde foram concentradas centenas de pessoas, sem água nem alimentação, e lembrou que essas pessoas estão sob a custódia da Polícia Federal, subordinada ao Governo Federal.

Bia Kicis repudiou os atos de depredação e alertou sobre o uso político do evento para perseguir pessoas que não participaram de nenhum ato violento. Ela lembrou: “Ocorre que há anos estamos vivendo sob os desmandos de inquéritos ilegais e inconstitucionais, sob o arbítrio de autoridades que não respeitam as leis e a Constituição, e recentemente o povo brasileiro foi submetido à soltura de um ex-Presidente condenado — agora descondenado — e a uma série de manobras para que ele pudesse concorrer ao cargo de Presidente da República, até que finalmente subisse a rampa. A falta de autoridade moral do referido mandatário gerou, sim, um sentimento de inconformismo em pelo menos metade da população brasileira, o que foi agravado pelo discurso revanchista que leva a crer que o atual Governo não deseja pacificação; ao contrário, prefere governar apenas para a parcela alinhada da população e utilizar a máquina para perseguir adversários políticos — tudo, sob o aplauso da mídia conivente. Há, ao mesmo tempo, a escalada de violência contra críticos à volta de Lula ao cenário político e aos inquéritos sigilosos e ilegais do STF; há a censura a jornalistas, políticos, pessoas do povo em geral; prisão sem data para acabar — todos estes fatos. Estas pessoas têm sido perseguidas pelo simples fato de apoiarem o Presidente Bolsonaro, o ex-Presidente Bolsonaro, e isso aumentou a sensação de revolta em boa parte da sociedade”.