A farsa do livro: ninguém mais lê de verdade?

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Neste episódio do “Última Análise” especial de sexta, Francisco Escorsim e Paulo Polzonoff Jr entram na seara polêmica da idolatria do livro como objeto. Questionamos o valor simbólico atribuído à leitura, o uso do livro como ornamento intelectual e a transformação da leitura em performance cultural. Será que quem lê é mesmo melhor? E o que a direita precisa entender sobre o ato de ler?



✅ Resumo do vídeo
Paulo Polzonoff e Francisco Escorsim debatem o valor real do livro na sociedade atual, criticando seu uso como símbolo de status em vez de conhecimento. A conversa aborda desde o fetiche literário até o impacto dos booktubers, do mercado editorial e da inteligência artificial na leitura. Eles também relembram experiências pessoais com livros, a figura do escritor clássico e a transformação do hábito de leitura. A discussão é permeada por humor, nostalgia e críticas à superficialidade cultural.

📌 Destaques com minutagem

0:00 – Abertura e introdução ao tema: o livro como fetiche moderno
3:12 – Estantes como símbolo de status e livros não lidos
7:34 – Livros comprados por vaidade e autopromoção
11:43 – A queda do escritor como “instituição”
14:21 – O pensador livre e o desaparecimento da crítica verdadeira
18:41 – Livros bonitos que ninguém lê e a relação com o objeto
20:37 – Clubes de leitura e tentativas de engajamento real
23:12 – A crise do mercado editorial e os influenciadores literários
27:43 – Nostalgia dos jornais e do prazer genuíno da leitura
34:16 – Coleções clássicas e o hábito de riscar os livros
36:46 – Ideia cômica: “STF no Show de Calouros”
39:23 – Olavo de Carvalho, Atto M. Carpo e ajuda na leitura
41:42 – A IA como ameaça à imaginação e à vivência da leitura
46:17 – A crítica ao hype e à cultura de massa nos livros
48:31 – A perda da vocação literária com o foco em vender
51:18 – Dilema: autenticidade artística x sucesso comercial
53:35 – E-books: compra de licença, não de posse
55:52 – E-books não podem ser herdados: limitação invisível
58:03 – Oralidade como retorno possível da experiência com textos
1:00:35 – A importância do assinante no financiamento do jornalismo
1:03:01 – Influência da leitura na infância e formação de gerações
1:07:30 – Os “fariseus do livro” e a exibição intelectual
1:12:16 – Dom Quixote vs Ferris Bueller: profundidade x leveza
1:16:49 – A estante como reflexo da personalidade
1:19:34 – Woody Allen, cancelamento e vazio interior
1:24:25 – Personalidade construída a partir de fragmentos culturais
1:26:28 – A relação brasileira com a palavra escrita e sua origem católica
1:28:45 – Metáfora do poema apagado na areia: palavra efêmera