Esta semana se iniciou a vacinação contra o COVID em vários estados brasileiros. Não se falava em outra coisa na TV. Apresentadores festejavam e anunciavam o fim da Pandemia.
Não sei porque. É só a primeira dose de duas e que vai trazer imunização de 50%. Ainda teve governador melindroso que adiantou sua vacinação só para dizer que começou antes que o Ministério da Saúde, tentando puxar para si um mérito que é de todos. Não sou político, mas eles que são adoram fazer “política”.
O importante numa vacinação é o número de pessoas imunizadas e não quem começa a espetar cidadãos. E esses vacinados ainda não têm imunidade nem de 50%. Os primeiros que receberem a dose única da vacina da Oxford já estarão com 70% de chance. O principal é vacinar o maior número de pessoas o mais rápido possível. Segurar sua população. Fazer campanha numa hora dessas é deplorável. Um insulto à inteligência, por menor que seja, do povo.
Vacinação a postos, o Ministério da Saúde tentando fazer o melhor que pode e surgem críticas e mais críticas. Um bando de gente que diz que teria feito melhor, que a logística é falha, as doses não são suficientes, grupos selecionados errados, etc. Como se já tivéssemos enfrentado várias pandemias iguais… Ainda aparece um Nhonho dizendo que vai se reunir com o embaixador chinês para agilizar a produção de mais vacinas… até parece. Me lembrei então de um discurso de Ted Roosevelt:
O homem na arena – Theodore Roosevelt
Não é o crítico que importa; nem aquele que aponta onde foi que o homem tropeçou ou como o autor das façanhas poderia ter feito melhor.
O crédito pertence ao homem que está por inteiro na arena da vida, cujo rosto está manchado de poeira, suor e sangue; que luta bravamente. que erra, que decepciona, porque não há esforço sem erros e decepções; mas que, na verdade, se empenha em seus feitos; que conhece o entusiasmo, as grandes paixões; que se entrega a uma causa digna; que, na melhor das hipóteses, conhece no final o triunfo da grande conquista e que, na pior, se fracassar, ao menos fracassa ousando grandemente.
Trecho do discurso “Cidadania em uma República” (ou “O Homem na Arena”), proferido na Sorbonne por Theodore Roosevelt, em 23 de abril de 1910.
Ou seja, se você está ralando sua bunda na arena, aquele imbecil sentado na geral e que só pagou 1 Real para assistir não tem nada relevante para ser ouvido.
Ainda com a vacinação, todos os protocolos de isolamento, máscaras, álcool em gel continuam. Ainda vamos conviver com isso pelo menos por mais um ano, ano e meio. Não pode confraternizar, aglomerar, jogar bola. A não ser no transporte público. Lá parece que o vírus não pega. No futebol brasileiro também – afinal a Globo tem que faturar, né? E fique em casa. Sair na rua é só para quem pode (e te manda ficar em casa….).
Bos Sorte!
“Os comunistas são as pessoas que leram Marx e Engels, os anti-comunistas são aqueles que entenderam.”