Novo Normal, Mesmos Senhores…

Novo Normal, Mesmos Senhores…

Compartilhar

A questão não é nova e a postura é a de sempre.

Sua força de trabalho está ao dispor de quem?

O momento de fragilidade social permitiu a poucos o controle de muitos, e se pode ver a feia carranca de matrix, blade runner, robocop, mad max e as distopias de Orwell, todas juntas, apenas esperando o “marte ataca”.

Antes os impérios e monarcas absolutos, depois os burgueses, daí a indústria, o belicismo do mundo atômico bipolar e finalmente as grandes corporações e o sistema financeiro para desaguar na união desses últimos com a seleta casta dos tecnólogos das big techs para a formação do império artificial dos assuntos politicamente corretos se sobrepondo aos assuntos relativos à liberdade, estrutura de família e da crença de cada um dos indivíduos desse planeta.

O pensamento ocidental agoniza pela falta de debate sobre temas fulcrais, vitimado pela inflexão justa sobre direitos dos excluídos e desiguais, que se sobrepõe e abafa todo o rico debate intelectual antes existente.

Esquece-se que essa inflexão sobre os temas politicamente corretos só foi possível pelo bem estar financeiro que o próprio ocidente trouxe à humanidade. Injustiças e desigualdades históricas vieram à lume, tudo graças à prosperidade da civilização ocidental.

Após as guerras dos séculos 19 e 20, impulsionada a ciência, veio o refinamento intelectual e social trazido pela prosperidade social e financeira, que, livre dos problemas de grandes guerras e da sobrevivência mais imediata, pode pensar e se propor a corrigir injustiças e desigualdades.

Agora essas mesmas injustiças e desigualdades sociais, bem amarradas no pensar raso do politicamente correto, estão sendo usadas como aríetes contra a própria estrutura que as permitiu emergir das sombras da história.

A estratificação de poder se refez e ataca as liberdades individuais em nome da ecologia e do discurso da diversidade e injustiça sociais, todos amarrados em uma nova forma de pensar, que é partir da premissa do politicamente correto para se permitir qualquer debate, o que, na prática, permite a supressão de qualquer discurso que busque maior profundidade de ideias, do pensar livre e do debate razoável de ideias sem amarras.

O pensar e o discurso do politicamente correto engessaram a dialética franca e a proposição de ideias, fazendo retroceder a níveis quase infantis qualquer debate, que esbarra em um feixe sem fim de protocolos e assertivas do politicamente correto, do qual não mais se desvencilha, assim sendo impedido o debate.

É como se a criança não quisesse mais jogar o jogo da dialética e lançasse mão do recurso de protocolos de comunicação do politicamente correto para derrubar as peças do tabuleiro. Se não vai discutir seu tema sob a perspectiva da identidade ou desigualdade não haverá discussão.

O debate tornou-se raso porque só é possível se cumpridos protocolos que tolhem a liberdade de trabalhar ideias, já que sempre ameaçado por rótulos, que podem vir a qualquer momento para fazer cessar o discurso.

Não faz sentido, pois só foi possível trazer a sociedade a esse debate de reafirmação de  direitos dos excluídos e mitigação de desigualdades valorizando o indivíduo, justamente o que se quer agora pasteurizar em nome de um pensamento coletivo raso e hegemônico supressor de ideias.

As sementes transgênicas ameaçam o plantar para comer, canalizando esforços de lavradores para empresas de tecnologia genética de grãos que, com amplos recursos, pode, quer e está determinando o futuro da alimentação do mundo.

A conversa não é nova. Existem rótulos, mas, no final, sempre houve uma hegemonia de comando buscando canalizar os esforços dos que trabalham atrás das utopias propostas.

Seu trabalho é o de propor um discurso e organização social de forma coordenada… comandar do alto e ordenar a engenharia social pelo bolso do indivíduo.

Agora aliaram a esse proceder mais um passo, que é o de buscar controlar as ideias, monitorando buscas e censurando, assim fazendo o perfil de cada indivíduo não à busca de marketing apenas, mas também para saber o que pensa e mesmo onde vai.

Estamos na era dos algoritmos, que inicialmente foram usados para propor um produto, e que agora estão induzindo ideias.

Sobre a pandemia, nem um ICMS foi suprimido por governos estaduais da conta de luz ou água dos que se mandou ficar em casa. Porque? Porque a supressão da força livre de trabalho que emprega – classe média – está sendo implementada, enquanto o estado paralelo(?) campeia nas comunidades nas quais o Estado não tem mais qualquer ingerência ou licença para entrar, enquanto a outra ponta da pirâmide social pega aviões e faz seu turismo normalmente, livre do noticiário.

A classe média corresponde a pequena parcela da sociedade, mas é muito relevante financeiramente e em termos da oferta de empregos.

As regras de confinamento são destinadas a essa pequena parcela apenas, já que a classe baixa majoritariamente vive em comunidades às quais o Estado tem pouco ou nenhum acesso e a classe alta sempre foi mais insensível a qualquer regramento. Parece pouco eficaz.

A família foi importante, assim como a religião. Hoje são empecilhos à expansão de um negócio que esbarra na resistência justamente dessas estruturas, especialmente acasteladas na classe média.

Assim os esforços se voltaram contra a família e a religião que a tem como base, para, com a superlativação de conflitos de costumes elevados à condição de primeira necessidade, deseducar duas gerações e impor discussões necessárias, mas periféricas, como o epicentro do destino da civilização ocidental.

Crianças reeducadas. A mão forte agora proprietária da mídia seletivamente diminui o papel dos pais e da religião, enaltecendo a necessidade de intervenção estatal desde o berço. O cidadão começa a ser preparado para um amanhã que faz a leitura da ficção científica pelo seu lado mais sombrio, que é aquele que pasteuriza o indivíduo em nome de um suposto bem social que significa apenas o bem da casta de artífices desse esforço coordenado de supressão de liberdades individuais.

Da ágora ateniense à revolução industrial, provou-se que o indivíduo é maleável, e o sonho de liberdade vai se resumindo à possibilidade de acessar um site sem controle ou de dizer uma palavra sem juízo alheio.

Bem-vindos ao novo normal.

#Chega Manipulação Mídia Rascoa Povo na rua